Protesto

Em Sirinhaém, população fecha rodovia em protesto contra manobra no orçamento realizada na Câmara

Trabalhadores e trabalhadoras do município de Sirinhaém fecharam a PE-60 na manhã desta quinta-feira (3). A razão é a manobra orçamentária promovida por vereadores da oposição, que são aliados a Franz Hacker (PSB), ex-prefeito de Sirinhaém. Em pronunciamento, a prefeita Camila Machado (PP) falou que, devido às modificações na Lei Orçamentária Anual (LOA), terá que demitir centenas de pessoas.

No local, o protesto conseguiu congestionar a rodovia para chamar atenção de outros municípios para a crise institucional instalada no município. Graciene, que estava na manifestação, diz que “o povo está sendo prejudicado por conta desses seis vereadores da oposição”.


A crise institucional instalada no município já ganhou repercussão estadual. Aluísio Lessa (PSB), deputado estadual, e Eriberto Medeiros (PP), presidente da Alepe, se posicionaram em defesa da prefeita de Sirinhaém e pediram compreensão por parte dos seis vereadores da oposição.

A MANOBRA NO ORÇAMENTO

Pela primeira vez na história recente do município de Sirinhaém, a Câmara Municipal reduziu, na LOA, o percentual de abertura de créditos suplementares de 20% a 1% do orçamento. Isso significa que a Prefeitura terá menos flexibilidade no orçamento para reforçar e realocar recursos de programas de governo. A ideia é deixar o poder Executivo engessado. As leis orçamentárias de 2021 e 2020 previam um percentual de 20%, enquanto as leis de 2019, 2018 e 2017, 30%.

A manobra também envolve a redução significativa de orçamentos de áreas estratégicas do governo, como saúde, educação, limpeza pública e contratação de pessoal. Segundo documento enviado pela prefeita Camila Machado, de 1 milhão e meio solicitados pela Prefeitura, via PLOA, para manutenção da educação básica, a Câmara autorizou apenas 100 mil reais, uma redução de 93,3%. A chefe do poder Executivo aponta, por exemplo, que essa redução inviabiliza a manutenção de uma merenda de qualidade para os alunos da rede municipal, além de reformas que estão em andamento nas escolas.

Por Gabriel Neves/Nosso Pasquim.

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