Nesta quinta-feira (18), completa-se exatos 10 anos, do grandioso desastre natural, provocado pelas chuvas em Palmares. Naquela manhã de 18 de junho de 2010, tudo parecia controlado, aulas e o comércio funcionando normalmente, mas a chuva não parava. No ínicio ta tarde daquele mesmo dia as comunidades ribeirinhas já começavam a serem atingidas pelas águas Fortes do Rio Una.
A noite do dia 18 para o dia 19 foi de terror para muitas famílias residentes na parte baixa da cidade, bem como comerciantes que haviam suspendido suas mercadorias, na tentativa de salvar seu empreendimento, mas o pior estava por vir.
Na manhã do dia 19, o Centro comercial, o Bairro São Sebastião (Pedreiras), Parte do Bairro São José (Cohab I), todo o comércio da Av. José Américo de Miranda, hoje Orla dos Poetas, e parte dos distritos de Santo Antônio dos Palmares, Serro Azul e Pirangí. ficaram destruídos. Prédios Públicos, Lojas, Casas, Pontes foram arrastados pelas águas.
O Trabalho de recuperação foi árduo, sendo montada uma força tarefa, que mobilizou os Governos, Federal, Estadual e Municipal. O Presidente Lula esteve em Palmares, acompanhado pelo então Governador de Pernambuco, Eduardo Campos (in memoria) e do então Prefeito dos Palmares José Bartolomeu de Almeida Melo (Beto da Usina).
Foi criada a Operação Reconstrução pelo Governo do Estado com o apoio significativo do Governo Federal, para reconstruir os Prédios Públicos, Escolas, Fórum, Pontes, linhas de crédito para comerciantes, além da construção de Barragens para conter enchentes, Gatos, Panelas, Igarapeba e Serro Azul (única a ficar pronta).
Algumas decisões políticas foram importantes, como a construção de casas populares para os atingidos, surgindo o Bairro dos Quilombos I, II e III, hoje denominado de Bairro Dom Acácio; o advento da UPE – Universidade de Pernambuco, IFPE, além do Novo Hospital Regional dos Palmares.
Uma das maiores perdas para os Palmarenses, foi sem dúvida ver o prédio do Ginásio Municipal Fernando Augusto Pinto Ribeiro destruído, escola que formou gerações desde 1948, que este ano após dez anos teve seu prédio reconstruído e entregue a população.
Esses são alguns registros do que vi naqueles dias, com certeza existem muitos outros, que retratam o sofrimento vivido pelos palmarenses, relatos que ficara para sempre na memória do povo de Palmares.