Elogios. Individuais e coletivos. Dos titulares aos reservas. A goleada do Náutico por 5×0 diante do Operário/PR, nos Aflitos, pela Série B do Campeonato Brasileiro, manteve o Timbu na liderança do torneio, de forma invicta (seis vitórias e três empates). Resultado que fez o técnico Hélio dos Anjos não minimizar nas palavras para comemorar a exibição do time, principalmente por conta da série de mudanças táticas e de peças.
Sem o lateral-direito Hereda, os zagueiros Yago e Camutanga, além do Kieza, todos vetados por problemas físicos, Hélio alterou a formação do Náutico, abrindo mão do trio ofensivo para acionar mais um volante. Bryan foi deslocado para a lateral direita, Rafinha ficou na esquerda, Carlão ganhou a vaga na zaga, Marciel entrou no meio e Paiva na frente, ao lado de Vinícius.
“O resultado já mostra que os jogadores que entraram foram importantes. Não sou treinador de falar de desfalques. Procuro solucionar problemas. Fizemos um jogo perfeito. Eles entenderam bem que a participação coletiva é o que nos leva à conquista. Quem entrou no decorrer do jogo também foi importante. Muitos falaram de desfalques, que não tínhamos banco, mas cada situação de jogo é diferente. Hoje, provamos que estamos no caminho certo”, afirmou.
Mais do que a manutenção no topo, Hélio enxerga que o triunfo pode deixar a equipe ainda mais confiante após disputar a metade inicial do primeiro turno. “Ainda precisamos de certo aprimoramento, mas as peças que temos hoje para repor a perda de jogadores importantes mostraram que temos consistência de trabalho. Estamos nos encorpando na competição. Essa vitória fortalece o grupo. Fizemos a melhor partida da temporada 2021, em função das dificuldades e das ausências de jogadores importantes”, concluiu.
O tom elogioso foi para todo o elenco, mas um atleta em especial chamou atenção de Hélio.“Usamos uma estratégia diferente, dando mais liberdade para Jean. Pela qualidade dele, posso colocá-lo em qualquer posição que eu sei que ele vai jogar”, apontou o treinador. “Quando percebi os problemas, citei na palestras com os jogadores que, se tivesse alguém para fazer um sacrifício tático, seria ele. Jean precisava assumir isso porque tem sido um jogador sensacional. Ele está com a condição de assumir essa responsabilidade. Ele foi de uma maestria grande”, apontou.
Da Folha de Pernambuco. Foto: Tiago Caldas/CNC