Membros da Escola Fé e Política da Diocese dos Palmares, participam neste fim de semana em Natal-RN do 11° Encontro Nacional Fé e Política, iniciado na noite desta sexta-feira (12), com a conferência de abertura “Democracia, Políticas Públicas e Alternativas Sociais: Sinais dos Tempos na Construção do Bem Viver”, tendo como palestrante o Ex-Ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho. O encontro se estende até às 12h deste domingo (14), com uma programação vasta, com várias mesas temáticas.
Mesas temáticas
Democracia Poder e Religião (César Sanson e Natália Bonavides); Políticas Públicas, Direitos e Participação Popular (Iris Maria de Oliveira, Márcia Helena e Maurício Abdalla); Alternativas Sociais e Práticas do Bem Viver (Ivo Poleto e Roberto M. Silva); Espiritualidade Política: Sinais dos Tempos (Frei Betto).
Segundo Rita Nascimento pré-candidata a prefeita dos Palmares que participa do encontro como aluna da Escola Fé e Política Nacional, “são momentos como esses que proporcionam a participação dos leigos e leigas na política, Política esta que muda a vida das pessoas. É urgente incentivar essa participação para promover boas práticas nos espaços políticos para melhorar a qualidade de vida do povo de Deus.”
Carta de Princípios
Existem no Brasil inúmeros grupos de pessoas que, inspiradas na mensagem evangélica, atuam em movimentos populares, sindicatos, partidos políticos e outros espaços de organização social. Algumas dessas pessoas se reúnem em grupos informais de reflexão, celebração e aprofundamento. A maioria, porém, se sente isolada e necessita de meios de reflexão para a sua prática. É nesse contexto que atua o Movimento Fé e Política.
O Movimento Fé e Política é ecumênico, não confessional e não partidário. Está aberto a todas as pessoas que consideram a política uma dimensão fundamental da vivência de sua fé, e a fé o horizonte de sua utopia política.
Voltando para a construção de uma sociedade alternativa ao capitalismo neoliberal, o Movimento tem o objetivo de fomentar a reflexão política, a vida espiritual e a subjetividade daqueles que estão comprometidos com uma prática política e social. Os participantes do Movimento Fé e Política atuam em movimento sociais, organizações populares ou partidos políticos; assumem a causa dos pobres, dos oprimidos e dos excluídos; conferem prioridade ã conscientização e organização popular; recusam a manipulação das bases; afirmam as classes populares como principal sujeito da própria história; rejeitam todos os valores calcados no individualismo e na absolutização do mercado e reafirmam, como valores fundamentais para o ser humano, a solidariedade, a cooperação e o direito de todos à vida em plenitude. Comprometem-se com o exercício da cidadania ativa e a construção de uma sociedade socialista, democrática, plural e planetária.
O Movimento Fé e Política pretende ser um serviço de formação e informação sobre questões de política, cultura, ecologia, ética e espiritualidade. Ele pretende reforçar e estimular a experiência dos grupos de reflexão, celebração e aprofundamento.
Itatiaia/RJ,03 de outubro de 1999
Vigília da Festa de São Francisco
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“O Movimento Carismático ou Carismatismo teve início a partir dos Movimentos de Avivamento do século XIX, estes fortemente influenciados pelo Pietismo Radical do século XVIII, cujo cerne germinativo encontra-se embasado nas obras e pensamento filosófico e teológico de Philipp Jakob Spener, teólogo alemão que viveu no século XVII. Estourou nos Estados Unidos no começo do século XX e na Europa no final do século XIX. Gerou o pentecostalismo clássico, ponto de partida para o surgimento de ministérios protestantes multifacetados em sua estratégia de evangelismo, pregação e metodologia doutrinária, entre os quais se desenvolveu a chamada Teologia da Prosperidade. Importante destacar, no Catolicismo a eclosão do Movimento de Renovação Carismática, que alia práticas eminentemente pentecostais na propagação da doutrina.
O termo Carismático, portanto, descreve a adoção (por volta de 1960 por Protestantes, e a partir de 1967 por católicos romanos) de certas crenças típicas dessas pessoas definidas como cristãos pentecostais pelos cristãos das denominações históricas.[1] O termo “carismático” foi cunhado por Harald Bredesen, um ministro luterano, em 1962, para descrever o que estava acontecendo naquele momento nas igrejas de linha antiga. Confrontado com o termo “neopentecostal”, ele disse: “Nós preferimos o título de ‘renovação carismática nas igrejas históricas.'”[2] A gênese do Movimento Carismático, porém, é atribuído por vários à Dennis Bennett, um sacerdote episcopal, em 1960. Seu livro Nine O’Clock in the Morning dá um relato pessoal deste período.[3]
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Movimento_Carism%C3%A1tico
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