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“Caixa-preta do BNDES”: Véio da Havan construiu império com 55 empréstimos junto ao banco estatal

Empresário bolsonarista mente ao dizer que não obteve empréstimos na gestão do PT por que “já era inimigo deles”. Maiores valores, no entanto, foram obtidos nos governos Itamar Franco e FHC

Por Plinio Teodoro

Impedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) de propagar fake news e discurso de ódio nas redes sociais nesta sexta-feira (25), o empresário bolsonarista Luciano Hang, o veio da Havan, construiu seu império, que soma 147 lojas em 18 estados, com 55 empréstimos obtidos via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, o BNDES.

Ostentando réplicas da Estátua da Liberdade, símbolo do capitalismo estadunidense, em cada entrada da loja, o empresário, no entanto, obteve a maioria dos empréstimo – 50 dos 55 – durante os governos de Lula e Dilma Rousseff, classificados como “comunistas” por ele.

Os dados foram obtidos pelos jornalistas Guilherme Waltenberg e Gabriela Vinha, do site Metrópoles, via Lei de Acesso à Informação, já que o Veio da Havan se negou a fornecê-los. Na média, Hang obteve 1,6 empréstimo por ano desde a fundação da empresa, em 1986.‌

Em suas lives, Hang faz questão de mentir, dizendo que não contratou nenhum empréstimo no banco durante os governos do PT.‌‌

“Como se fosse verdade que o ‘Véio da Havan’ pegou, durante a época do PT, empréstimos do BNDES. Quero dizer para vocês que é mentira. É fake news! A Havan, durante a época do PT, não pegou empréstimos, até porque eu já era inimigo deles, né?”, disse em vídeo respondendo a Alexandre Frota (PSDB-SP) que acusou Jair Bolsonaro de não ter aberto a “caixa-preta do BNDES” para proteger o empresário.

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