Articulação Pernambuco Política

Novo bloco fortalece base do governo na Assembleia

O redesenho de forças na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) ainda está sendo traçado. No entanto, o cenário que se desenha é mais favorável à governadora Raquel Lyra (PSDB).

Ontem, a Federação Brasil da Esperança (composta por Partido dos Trabalhadores, Partido Verde e Partido Comunista), com 7 parlamentares, decidiu aderir ao “blocão” governista da Casa, apesar de lideranças das legendas fazerem a ressalva de que o ingresso não implica na adesão à base do Governo do Estado.

A decisão foi formalizada, na manhã de ontem, pelo líder da federação na Alepe, o deputado João Paulo (PT), e, na prática, acaba fortalecendo a situação.

Blocão

O “blocão” agora é composto por três parlamentares do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), um legislador do Partido Renovação Democrática (PRD), quatro do Solidariedade (SD), cinco do União Brasil e sete da Federação Brasil da Esperança (PT, PV e PCdoB). Ao todo são mais de 20 deputados no blocão. Na soma, a legenda ultrapassa o PSB – maior partido da Alepe, com 12 deputados, mas que faz oposição ao governo.

Com a maioria da Casa, o blocão indicará quase metade dos membros das comissões da Alepe. De acordo com a proporcionalidade das bancadas, o novo bloco terá quatro indicações nas comissões de nove membros; três nos colegiados de sete membros, e duas nas de cinco membros. 

Segundo bloco

Além do “blocão”, um segundo bloco governista ainda deve ser formado, com a iminente união entre Partido Progressistas (PP) e Republicanos, que já têm “conversas bem adiantadas”, segundo o líder do partido, Kaio Maniçoba. Juntos, os partidos teriam 10 deputados, fazendo com que os governistas ocupem ainda mais espaços nas comissões.

“A gente está conversando, não só com o Republicanos, mas com outros partidos. É um movimento que vai ajudar os partidos e a governadora. A ideia é fortalecer a conjuntura política na Alepe”, afirmou.

Apesar de ter o partido com a maior bancada da Alepe, o bloco oposicionista, formado por PSB e PSOL, soma 13 membros. O PSB possui 12 legisladores e o PSOL tem apenas a deputada estadual Dani Portela como representante. Além disso, alguns nomes da sigla socialista votam com Raquel Lyra.

PT

Segundo o deputado João Paulo, a união tem como objetivo apenas a formação das comissões sem vínculo de apoio ao governo. No entanto, deputados governistas argumentam que o grupo já vinha votando com o Palácio das Princesas no último ano legislativo, tendência que deve se manter este ano. “Não muda nada, isso (adentrar o bloco governista) foi só para as comissões. Com o blocão, a gente amplia as participações nas comissões”, garantiu João Paulo.

Um dia antes da adesão do PT ao bloco, o deputado estadual e presidente do partido em Pernambuco, Doriel Barros, defendeu, em entrevista à Rádio Folha FM 96,7, que a legenda reabrisse a discussão sobre a posição do partido em relação ao Governo Raquel Lyra. Atualmente, a legenda é oposição, mas lideranças apoiam que a sigla ingresse na base da tucana.

Os líderes das bancadas têm até nove dias para indicar os parlamentares que comporão as comissões. A partir disso, os presidentes das comissões serão escolhidos, com ou sem bate-chapa. 

Independentes

Entre as legendas da Alepe, estão sem bloco e independentes o Partido Liberal (PL) e o Movimento Democrático Brasileiro (MDB). Jarbas Filho, único representante do MDB na Casa, disse que votará de acordo com o projeto apresentado na Casa. Já o PL, que tem cinco representantes na Alepe, apenas o deputado Coronel Alberto Feitosa não costuma votar com a situação.

Solidariedade

O deputado estadual Luciano Duque (SD), em entrevista à Rádio Folha FM 96,7, ontem, respondeu à deputada federal Maria Arraes (SD), após ela manifestar discordância com o posicionamento da bancada do partido da Alepe de apoio à governadora Raquel Lyra.

“Se estamos na base do governo de Raquel (Lyra), é porque acreditamos no governo. Essa é uma decisão coletiva. É preciso compreender que a bancada do Solidariedade tomou a decisão. Deveria ser respeitada pela instância partidária”, enfatizou.

Do Blog da Folha.

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