Ao menos cinco partidos de esquerda pensam em se unir por meio de uma federação com a expectativa de criar uma base forte durante e após as eleições do próximo ano.
Ao menos cinco legendas de esquerda negociam a criação de uma federação partidária. PT, PSB, PC do B, PV e Rede têm debatido sobre a união junto às suas lideranças do Congresso com a expectativa de criar uma base forte durante e após as eleições do próximo ano. Para pelo menos três desses partidos (PT, PSB e PC do B) a adesão é praticamente certa. As informações são do Poder 360.
Juntos, eles teriam uma bancada de 92 deputados (97 com a adesão de PV e Rede), número maior, por exemplo, que os 80 parlamentares da União Brasil, criada após a fusão do DEM e PSL. Outras legendas de esquerda como Psol e PDT resistem à ideia.
Um dos principais simpatizantes dessa nova federação partidária é o ex-presidente Lula. Com a junção, o petista teria uma base sólida para governar ou fazer oposição ao governo a partir do próximo ano.
A criação das federações partidárias foi aprovada pela Câmara em agosto deste ano e possui princípios de uma união ideológica. Pela proposta, as legendas que se juntarem nesse sistema serão obrigadas a atuar conjuntamente durante quatro anos no Parlamento. A medida é encampada, principalmente, por legendas pequenas que viam risco de perderem os acessos aos fundos partidários e eleitoral por conta da cláusula de barreira.
O Supremo Tribunal Federal (STF) deve julgar uma ação direta de inconstitucionalidade contra a criação das federações partidárias. A ação foi protocolada pelo PTB, alegando que o mecanismo da federação partidária nada mais é que uma forma disfarçada de dar sobrevida às coligações, proibidas pela Constituição desde 2017.