Os governadores do Nordeste planejam firmar contrato com a Opas, organização pan-americana responsável pela exportação de médicos cubanos. Segundo a coluna Painel do jornal Folha de S.Paulo desta segunda-feira (17), a ideia é retomar um contrato regional com a organização. Segundo Flávio Dino (PCdoB), governador do Maranhão, já foi feita consulta à entidade.
Médicos cubanos podem retornar para o Nordeste.
“A Opas rescindiu o acordo com o Brasil e anunciou a retirada de médicos, a maioria cubanos, logo após a vitória de Bolsonaro. A incapacidade do governo federal de repor as vagas antes ocupadas por cubanos deixou 28 milhões sem atendimento, estimou o The New York Times. O Ceará é o segundo estado com o maior número em postos ociosos”, diz o texto da coluna Painel.
Levantamento feito pelo jornal O Globo, passados seis meses após o governo de Cuba anunciar sua saída do Mais Médicos por hostilidades do presidente Jair Bolsonaro, quatro em cada dez cidades brasileiras (42%) onde profissionais do país atuavam no momento do encerramento da parceria ainda não conseguiram preencher todas as vagas ofertadas no programa.
“O déficit de médicos nessas 2.853 cidades cresceu. Antes da saída dos cubanos, em outubro, 23% desses municípios tinham postos em aberto, em decorrência da desistência de brasileiros ou da não renovação de contratos com duração de três anos”, diz O Globo.